Você acha que está em depressão? Saiba quais são os 9 sintomas da depressão.
- Rafaela Sampaio Marques

- 2 de fev. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 26 de fev. de 2024
Conheça os principais sintomas da depressão e veja se você se identifica com alguns deles.

De forma geral, quem está em depressão se sente triste, vazio(a) ou irritado(a); sente menos prazer nas atividades do dia a dia; e pode perceber alterações na capacidade do corpo funcionar bem, resultando em mudanças no sono, no apetite, na disposição, na concentração, entre outros.
Mais especificamente, existem 9 sintomas de depressão catalogados no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5-TR) que foi atualizado em 2023 e é o principal guia de transtornos mentais no mundo, mas você pode ter outros sintomas depressivos não catalogados.
Esses 9 sintomas estão descritos abaixo, e saiba que o ideal é começar a tratá-los no início, para evitar que o quadro depressivo fique mais grave.
OS 9 SINTOMAS DA DEPRESSÃO
Os sintomas podem ocorrer com maior ou menor intensidade, dependendo da sua carga genética, da sua história de vida e do seu contexto atual. Veja se você se identifica com alguns destes sintomas da depressão.
1. Sentimento de tristeza, vazio ou irritabilidade.
Sensação de tristeza ou desesperança; pode haver também a sensação de “vazio” ou de ausência de sentimentos; e há a possibilidade de uma maior irritabilidade (p. ex., raiva persistente, tendência a responder a eventos com ataques de raiva, culpar outras pessoas ou o sentimento exagerado de frustração por questões menores). Em alguns casos, a tristeza é sentida na forma de dores ou mazelas corporais.
2. Diminuição do interesse ou prazer nas atividades.
Redução do interesse por passatempos; falta de prazer com as atividades anteriormente consideradas prazerosas; sensação de "não se importar mais"; tendência de se isolar socialmente; podendo ocorrer a redução significativa do desejo sexual.
3. Redução ou aumento do apetite.
Dificuldade para se alimentar ou maior avidez por alimentos específicos (p. ex., doces ou outros carboidratos), resultando, nos casos mais graves, na perda ou no ganho significativos de peso (p. ex., alteração de mais de 5% do peso corporal em um mês).
4. Agitação ou retardo psicomotor.
Em casos mais graves, pode haver agitação do corpo (p. ex., incapacidade de permanecer sentado(a) quieto(a); de parar de movimentar as mãos; ou de esfregar a pele, as roupas ou outros objetos) ou retardo psicomotor generalizado (p. ex., discurso, pensamento ou movimentos corporais mais lentos; maiores pausas antes de responder a uma pergunta; ou falar menos).
5. Redução ou aumento do sono.
Presença de diversos tipos de insônia (p. ex., dificuldade para adormecer; acordar durante a noite ou despertar muito cedo, com a incapacidade de voltar a dormir) ou de sonolência excessiva (p. ex., longas noites de sono ou vários cochilos durante o dia).
6. Cansaço extremo.
Sensação de energia diminuída ou de fadiga persistente, mesmo sem se ter realizado esforço físico. As tarefas mais leves parecem exigir um esforço substancial (p. ex., vestir-se pela manhã é sentido como algo exaustivo e pode levar o dobro do tempo habitual).
7. Pensamentos sobre culpa ou inutilidade.
São avaliações negativas e irrealistas do próprio valor; preocupações recorrentes sobre pequenos fracassos do passado; interpretação de eventos triviais do cotidiano como evidências de defeitos pessoais; ou o senso exagerado de responsabilidade pelas adversidades. Em casos mais graves, o sentimento de desvalia ou culpa pode ser delirante (p. ex., a convicção de ser pessoalmente responsável pela pobreza que existe no mundo).
8. Dificuldade de se concentrar ou tomar decisões.
Dificuldade para pensar, concentrar-se ou tomar decisões; ficar facilmente distraído(a); ter o rendimento acadêmico ou profissional prejudicado; e, em alguns casos, ter dificuldades de memória.
9. Pensamentos recorrentes sobre a morte.
Em casos mais graves, pode haver desde pensamentos sobre um desejo passivo de não acordar pela manhã, até pensamentos mais concretos sobre o tema.
CONCLUSÃO
Caso você tenha se identificado com muitos desses sintomas, é possível que você esteja em vias de entrar em um quadro depressivo ou já esteja com um dos 8 transtornos depressivos.
Se você sente que precisa de ajuda para lidar com sintomas de depressão, mesmo que eles sejam leves, considere conversar com um profissional da área. Você também pode entrar em contato comigo para marcar uma sessão inicial.
NOTA: Os textos deste blog têm caráter educativo e não têm a intenção de fornecer aconselhamentos clínicos. Caso você necessite de ajuda psiquiátrica ou psicológica, entre em contato com um profissional da área para obter orientações específicas para o seu caso.
REFERÊNCIA: American Psychiatric Association. (2023). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5-TR (5ª edição). Porto Alegre: Artmed.

